A advogada
Beatriz Catta Preta, responsável por firmar nove dos 22 acordos de delação
premiada realizados na Operação Lava Jato, relatou em entrevista ao Jornal
Nacional, da TV Globo, ter deixado os casos relacionados ao esquema de
corrupção na Petrobras por ter sido alvo de ameaças. De acordo com ela, decidiu
abandonar a advocacia para garantir a segurança da família e dos filhos.
“Decidi encerrar minha carreira na advocacia. Fechei o escritório”, confirmou a
advogada, que relatou que as ameaças vieram de “integrantes da CPI da
Petrobras, dos que aprovaram” sua convocação no início do mês.
Na semana
passada, a criminalista anunciou que deixaria os casos ligados à Lava Jato,
depois de vir à tona o depoimento em que o lobista Julio Camargo, seu cliente,
afirmou ter pago US$ 5 milhões em propina para o presidente da Câmara, deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Questionada, a advogada disse não poder afirmar que
ameaças partiram do presidente da Câmara.
Ela
confirma que Camargo comentava com ela sobre a relação entre o peemedebista e o
esquema na Petrobras e afirmou que os depoimentos estão “respaldados”. “Todos
os depoimentos sempre vieram respaldados, com informações, dados, provas
definitivas, nunca houve só o dizer por dizer”, afirmou.
Agência
Estado
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