Como aqui em casa não entra esse produto, pedi a uma amiga uma caixa
vazia de margarina que diz ter ômega 3 e 6, vitamina E, ferro e muito
mais. Veja a composição: água, óleos vegetais líquidos e
interesterificados, vitaminas (A, E, D, B6, B12 e ácido fólico),
estabilizante mono e diglicerídeos de ácidos graxos ésteres de
poliglicerol com ácido ricinoleico, conservador sorbato de potássio,
acidulante ácido cítrico, aromatizante (aroma idêntico ao natural de
margarina) e corantes urucum e cúrcuma.
Agora compare com a composição da manteiga que eu tenho em casa:
manteiga de primeira qualidade, cloreto de sódio (sal) e corante natural
de urucum.
Agora vem a pior parte: Durante uma semana, a caixinha com restos de
margarina ficou na temperatura ambiente (28 a 30 graus) e o produto não
amoleceu, não escureceu nem pegou mofo. Dá para imaginar a quantidade de
conservante?
Outra coisa: o processo de interesterificação inclui o aquecimento do
óleo, e os óleos vegetais são altamente sensíveis ao calor, que destrói
suas propriedades e os torna rançosos e saturados, razão pela qual devem
ser consumidos frios, à exceção do óleo de coco, que suporta o calor.
A manteiga de fato causa, se comida em excesso, uma carga maior de
colesterol. Todavia tem virtudes desconhecidas. Uma delas é o ácido
butírico. Recentemente pesquisadores americanos descobriram que esse
ácido, presente na manteiga, impede o desenvolvimento de câncer de
cólon.
Mas se o problema é controlar o colesterol, basta usar óleo extravirgem
cru de oliva, de linhaça, de gergelim, de coco, e evitar fritura.
Alternativas há muitas: meus filhos não sabem o que é margarina, só
comem pão, inhame, macaxeira, cuscuz com azeite de oliva extravirgem,
patê feito em casa e conserva. Raramente comemos manteiga. Bolo, pastel,
tudo é feito com óleo vegetal. Assim evito que minha família vire
depósito de conservadores, aromatizantes, acidulantes, estabilizantes,
corantes e só Deus sabe o que mais.
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