Aos 36 anos, Buffon dificilmente estará na Copa da Rússia, mas ainda não fez despedida (EFE) |
Andrea Pirlo deixou os vestiários da Arena das Dunas, em Natal, duas horas depois do fim da partida contra o Uruguai. No último duelo pela Nazionale, ainda teve de passar pelo exame antidoping. Pediu para que os jogadores o esperassem. Queria se despedir. Não foi o adeus como planejou, mas nada mais justo para alguém que atuou 112 vezes pela seleção.
Aos 35 anos, Pirlo continuará sua vida no tricampeão nacional Juventus. No entanto, longe da camisa azul. Diz que quer abrir espaço para jogadores mais jovens. Competitivo ao extremo, não esconde que ficaria com raiva se fosse para o banco. No clube de Turim, usará a camisa 21 até quando quiser. Até quando as pernas deixarem.
Buffon, recordista de jogos (142), em nenhum momento confirmou que deixará a seleção. Garante que continuará à disposição para todas as convocações. E com razão: teve uma grande atuação diante dos uruguaios. Entretanto, aos 36 anos, quem sabe jogará a Eurocopa de 2016, mas dificilmente estará na Copa de 2018. Se chegar, terá 40 anos, idade em que Dino Zoff levantou o título em 82, na Espanha.
Pirlo se despediu da seleção italiana na derrota para o Uruguai nesta terça-feira (Foto: Reuters)
Sem o goleiro e o meio-campista a Itália perde suas referências em campo, as estrelas que causam calafrios nos adversários com defesas impressionantes ou chutes poderosos. A nova geração ainda não engrenou. Sirigu, do Paris Saint-Germain, desponta como o substituto natural de Buffon. No meio, Verratti, do mesmo time francês, ainda precisa de exibições mais convincentes antes de ficar com o lugar de Pirlo.
Balotelli é mais famoso no país pelas polêmicas que se envolve do que pelo futebol que apresenta. Para piorar, volta ao país como uma incógnita ainda maior depois do desempenho ruim e do nítido pouco interesse pelas partidas na Copa. Até agora, não mostrou que tem forças para lidar a seleção.
Com os nomes cravados na história da seleção italiana, Buffon e Pirlo foram os pilares da geração que deu à Azzurra o quarto título mundial, em 2006. O currículo ainda tem um vice europeu em 2012, perdendo a decisão para a Espanha. A safra vitoriosa, porém, deu vexame na África do Sul, também caindo na primeira fase, situação idêntica ao que vive a Espanha neste momento.
Buffon e Pirlo devem levar com eles mais jogadores, como o volante De Rossi, outro que sobrou do título na Alemanha. Sem técnico, sem presidente da federação de futebol, a Itália parte agora para uma reformulação geral na tentativa de voltar a brigar por títulos. Procuram-se ídolos.
FONTE:http://globoesporte.globo.com
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