A grávida come por dois, e por isso o cuidado também deve
ser redobrado. Um dos maiores perigos quanto à alimentação está no
consumo de queijos, já que alguns deles oferecem grande risco para as
gestantes, podendo levar a mulher ao aborto, induzir o parto prematuro,
causar lesões cerebrais ao bebê ou ainda levar a criança, depois de
nascida, a ter meningite.
“Devem ser evitados queijos moles como brie, camembert e feta. Esses
tipos podem provocar infecção por Listeria, uma bactéria que pode causar
na mãe uma infecção gastrointestinal intensa”, explica a ginecologista e
obstetra Denise Gomes, que orienta sobre a contaminação. “A listeriose
atinge o sistema imunológico após penetração no trato gastrointestinal e
provoca sintomas como febre alta, tremores, dor de cabeça grave,
rigidez no pescoço e náuseas, podendo levar ao aborto ou ao nascimento
prematuro do feto. Se contaminado, o bebê pode apresentar formação de
abscessos no cérebro com lesões subsequentes no local. Após o
nascimento, a listeriose se manifesta nos lactentes gravemente, como
lesões espalhadas em órgãos como cérebro, pulmões, fígado, baço, rins,
ossos, pele e tecidos”.
É indicado o consumo apenas de queijos duros e curados e brancos,
frescos e pasteurizados. O alimento é fonte de cálcio, matéria prima
fundamental para o desenvolvimento dos ossos e dentes dos bebês e para
preservação da qualidade dos ossos maternos. “O recomendado é que a
mulher ingira três fontes de cálcio ao dia, o que pode ser feito também
com uma dose de leite ou derivados – como iogurte e o próprio queijo –
ou uma porção de verduras verdes escuras”, aconselha Denise.
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