Nove meses após o anúncio da desativação, os
tanques de combustível da Petrobras localizados no bairro de Santos Reis
começaram a ser desmontados. Há cerca de quinze dias, uma empresa terceirizada
realiza o trabalho de desmontagem dos tanques. Vizinhos da área comemoram a
ação. O destino do terreno, no entanto, ainda é incógnita.
Os tanques da Petrobras foram instalados no bairro Santos Reis, na década de 40, para armazenamento de combustívelOs tanques da Petrobras foram instalados no bairro Santos Reis, na década de 40, para armazenamento de combustível.
A desocupação da área está prevista para ser
realizada em 18 meses. Além da retirada dos tanques, é necessário pelo menos um
ano para que o solo possa ser reaproveitado e sobram dúvidas quanto a
reocupação do local. A Prefeitura do Natal quer a reurbanização do terreno, mas
a Aeronáutica, proprietária da maior parte do terreno, estuda a possibilidade
de construir casas para militares e servidores civis.
Cogitou-se ainda a possibilidade de serem erguidas
casas ou condomínios populares para as comunidades carentes do Maruim, Vietnã e
Brasília Teimosa. Um anúncio nesse sentido foi feito pela Companhia Docas do
Rio Grande do Norte (Codern) em 2007. Porém, a ideia não prosperou. A atual
administração municipal chegou a anunciar que a área de tancagem daria lugar a
um parque temático e a um museu do petróleo.
A retirada dos tanques de Santos Reis é um
desdobramento da desativação do pier existente no Porto de Natal realizada no
dia 31 de dezembro do ano passado.
À época do anúncio da desativação, a assessoria de
imprensa da Petrobras informou que “está realizando investimentos para produção
de gasolina no Terminal de Guamaré. O projeto contempla a desativação do
terminal de Natal”. A assessoria informava ainda que “a previsão é que o
terminal de Natal opere até fevereiro de 2013”.
Os tanques de Santos Reis foram instalados na
década de 40 e, desde sempre, foi motivo de reclamação dos moradores. O medo de
um incêndio, vazamento de combustível ou mesmo uma explosão, faz parte do
imaginário popular da cidade e, mais veemente, da vida dos milhares de
moradores que dividem o espaço urbano com os gigantes vizinhos de metal.
Da Tribuna do Norte
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