quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Desafeto de Dilma disputa liderança do PMDB


Josias de Souza comenta que seis deputados disputam a cadeira de líder do PMDB na Câmara. Um deles se chama Eduardo Cunha (RJ). Integra o grupo político do vice-presidente Michel Temer. Mas Dilma Rousseff não o digere. A simples audição do nome de Cunha causa-lhe engulhos. A presença dele na lista de pretendentes ao comando da bancada de deputados do sócio majoritário do seu condomínio partidário perturba-lhe o sono.

Cunha tornou-se, sob Lula, um poderoso padrinho de nomeações em Furnas. Eleita, Dilma enxergou na estatal elétrica anormalidades eletrizantes. Desalojou a turma de Cunha. E deu abrigo a um protegido de Fernando Sarney, o gestor dos negócios da família de José Sarney.

Nessa época, Eduardo Cunha atribuiu a má vontade de Dilma à artilharia do PT do Rio. Absorveu o golpe e esboçou o troco: “É impressionante o instinto suicida desses caras. Quem com ferro fere com ferro será ferido.” Desde então, o Planalto segue os passos de Cunha na Câmara. Faz isso na tentativa de antecipar-se às armadilhas. Nem sempre consegue.

Nenhum comentário:

Postar um comentário