O juiz titular da 3ª Vara da Infância e Juventude de
Natal, Dr. Homero Lechner, revelou, na manhã desta quinta-feira, 30, uma
suspeita que vem preocupando o Poder Judiciário do Estado: há fortes
indícios da atuação de um grupo de extermínio de adolescentes, que
praticaram atos infracionais.
Segundo o magistrado, a situação é resultado direto
da falta de condições, no âmbito dos poderes estadual e municipal, para o
cumprimento das medidas socioeducativas.
Desta forma, segundo o juiz, quando um adolescente,
que pratica um ato equivalente ao homicídio é deixado livre – por causa
da falta de estrutura física dos centros de internamento – uma solução
‘paralela’ tem sido buscada pelo que o magistrado define como ‘milícias‘.
“Temos relatos recentes de encapuzados que
invadiram uma casa bem tarde da noite. Ora, polícia só cumpre mandado
durante o dia e eles chegaram chutando a porta da residência e ainda
atiraram no animal de estimação da família por não terem encontrado o
adolescente infrator”, diz o juiz, enquanto destaca a existência de
vários atestados de óbitos que, estranhamente, são relacionados a
processos que passaram pela 3ª Vara.
De acordo com Dr. Homero, esse alerta é ainda mais
preocupante pelo fato de que retrata uma realidade apenas dos processos
da 3ª Vara. “Muitos não denunciam e há muitos outros ligados a outras Varas, por exemplo”, conclui o magistrado.
*Fonte: TJRN
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